terça-feira, 5 de agosto de 2014

A amazona das maçãs e o eremita


                                                        


Do início da civilização aos confins da floresta,
Talvez no útero da mãe natureza,
Os fios cacheados da moça de sorriso aparente,
Envolvia o olhar do eremita,
O coração solitário do eremita,
E a maçã avermelhada da moça,
Penetrou-lhe o peito vigoroso um simples gesto,
E por isso ele a amou do início ao fim,
O eremita e a amazona das maçãs,
Não haviam maçãs envenenadas,
Havia uma lâmina afiada perfurando seu peito,
De seu peito, muito sangue jorrou,
E num único beijo, o romance se encerrou.